Nossas escolhas, seus limites e repercussões

27/04/2012 00:19

“Quando nascemos, já encontramos prontos valores, normas, costumes e práticas sociais. Também encontramos uma forma de produção da vida material que segue determinados parâmetros. Muitas vezes, não temos como interferir nem como fugir das regras já estabelecidas.

A vida em sociedade é possível, portanto, porque as pessoas falam a mesma língua, são julgadas por determinadas leis comuns, usam a mesma moeda, além de ter uma história e alguns hábitos comuns, o que lhes dá um sentimento de pertencer a determinado grupo [social].
O fundamental é entender que o individual – o que é de cada um – e o comum – o que é compartilhado por todos – não estão separados; formam uma relação que se constitui conforme reagimos às situações que enfrentamos no dia-a-dia. (...) algumas [pessoas] podem reagir e lutar, ao passo que outras se acomodam às circunstâncias. Isso tudo é fruto das relações sociais. E é justamente nesse processo que construímos a sociedade em que vivemos. Se as circunstâncias formam os indivíduos, estes também criam as circunstâncias.
Existem vários níveis de interdependência entre a vida privada – a biografia de cada pessoa – e o contexto social mais amplo. A vida de um indivíduo está de alguma maneira, condicionada por decisões e escolhas que ocorrem fora de seu alcance."